terça-feira, 25 de maio de 2010

Depois de tanto tempo...


E já se foram 20 anos. Diriam uns: mas 20 anos são muita coisa! Ou: Poxa, o que são 20 anos? Quase nada. Lhes digo, porém, 20 anos são inexplicáveis. Agora você começa a viver de "verdade" e começa a ver que o tempo está realmente passando.
Eu me preocuparia com algo há 5 anos atrás? Ou apenas acordaria, começaria minha rotina e daí puf, o dia acabava. Entretanto, penso em como foram prazerosos esses 20 anos. Fui muito feliz, fui muito triste. Chorei por quem não me amava e desprezei quem me tinha apreço. Tive amigos aos montes, hoje tenho pouquíssimos e quem estão vivendo seus 18, 19, 20 anos e que nem lembram de como foram especiais. Estudei como qualquer outros jovem. Nem muito, nem pouco, mas o suficiente. Hoje vejo que tenho que estudar muito mais para tentar ser alguém.
Vi pessoas morrerem. Pessoas importantes e que às vezes nem sabiam que nunca mais estariam aqui. Percebi que mentem quando dizem que a vida é fácil. Que mentem quando dizem que tudo sempre vai melhorar. Vi também o país mudar. Pra bem e pra mal. Já tive muito dinheiro, hoje não tenho muito além do meu salário humilde. Não ostento, não gasto à veras. Apenas quero juntar pra dar um futuro a quem amo.

Mas poxa, por que depois de tanto tempo vir aqui escrever coisas sem sentido. Porque escrever faz as ideias fluírem como algo nunca visto. Deixamos as letras falarem coisas que nunca conseguiríamos estando sóbrios diante da realidade.
Nesses 20 anos, vi que escrever é a maior válvula de escape de um ser como eu. Uns choram, outros fazem análises. Mas sei que mesmo que ninguém nunca veja o que escrevo, é um registro vivo que um dia vai mostrar a mim o que sou em completude.
Isso pode ser só um diário. Mas hoje vejo coisas que escrevi a dois anos e como as coisas mudaram e sim, eu posso me comparar a o que fui e quem sabe melhorar um pouco?

Lembro com saudade de tudo o que já vivi, ou de coisas que também poderia ter vivido. Saudade dos amigos, do cotidiano, da família. Saudade de uma Natasha diferente do que sou hoje. Uma Natasha boba que achava o mundo uma prisão e que nada daria certo. E sinto saudade dessa inôcencia crua. Pois vejo que hoje estou mais fria, mais consciente e ponderada. Vejo que nesses 20 anos pude sentir o sangue em minhas veias mais forte do que hoje em dia. As cicatrizes não me deixam esquecer do que já vivi. Mas não, não sou amargurada, apenas vivida. Em termos. Porque não se vive muito em 20 anos. Mas sei que hoje não vou mais chorar se algo não der certo nem me iludir se tudo virar uma maravilha. Pé no chão nunca caiu tão bem na minha vida.
Deixei de ter orgulho, deixei de ter rancor e mágoa e deixei de ser aquela que faz tudo sem pensar. Às vezes bate aquela depressão, mas logo vejo que estou onde deveria estar. Hoje, posso dizer que sou FELIZ. Sim, sou feliz por estar viva, feliz por ter pessoas ao meu redor que me amam, feliz por saber que sou útil e saber que lá longe, no meu passado, eu também fui feliz, só não sabia. E hoje guardo com carinho lembranças que fazem cair uma lágrima, a lágrima mais comprida da minha vida, mas que também é feliz porque sei que é de felicidade e não de nostalgia. Não poderia querer 20 anos melhores, porque foram os melhores da minha vida. E acho que alguns vão concordar comigo. Mesmo não tendo só 20 anos.

Posso dizer que hoje sou adulta. Não sei se madura, mas sou adulta e dona de mim. Sei que pessoas me apoiam. Mas se eu quiser seguir com as minhas pernas, nada mais me impede. Eu sei voar.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Saudade que dói...


Dói muito...

e só de reler tudo que tem nesse blog:

dói maaaaaaaais...

Volta a escrever alguma coisa por aqui...assim como antes...
só p eu saber como vc realmente esta...
Usa aquela linguagem que usavamos...
E assim subliminarmente eu saberei e sentirei como vc realmente esta...

Te amo muito!
BJo